Lançamento da Rota da Caieira do jogo Route Raiders no Parque Natural Municipal da Caieira – Joinville – SC

Dia 26 de março de 2022 foi marcado por uma temperatura agradável, céu aberto e um sol convidativo a um passeio no Parque Natural Municipal da Caieira.

Também foi o dia do lançamento oficial da Rota da Caieira do jogo Route Raiders!

A equipe formada por Chicolam, Viviane Cris e Jorge Peligrino estava lá no parque da Caieira, logo cedo e a partir das 9h com a Kombi Raiders e uma tenda para receber os visitantes que ali chegavam e passavam.

Foto: Instituto Caranguejo – Viviane e Jorge no espaço Raider.

Para quem ainda não conhece o jogo Route Raiders, este post é um convite para iniciar a sua aventura por meio do ecoturismo. O Route Raiders é um jogo de caça tesouro virtual no mundo real direto no celular. Mas como assim caça tesouro virtual? No meu celular? Ecoturismo? Explica isso melhor, por favor!

Ok! Ok! Vamos lá, por partes! 

Se imagine fazendo uma caça ao tesouro, onde o mapa está seu celular, mas que não mostra simplesmente onde está o X vermelho, a história é contada com a ajuda de personagens icônicos e inéditos! E nessa jornada você, junto com os personagens, interagindo a cada checkpoint descoberto, uma nova pista de onde está o próximo? É como se o parque fosse o tabuleiro e você, a peça do jogador principal! Tudo isso contando com o GPS do celular e a operadora do sinal!

A equipe Route Raiders recebeu cerca de 260 visitantes naquele sábado ensolarado, dentre pais com seus filhos a pé e de bicicleta, pessoas com seus cachorros (todos na coleira bem comportadinhos!) e até famílias inteiras, além de grupo de jovens também a pé ou de bicicleta!

Foto: Instituto Caranguejo – Chicolam demonstrando o jogo para os visitantes do parque.

Entre os Raiders curiosos, recebemos a visita ilustre dos amigos Henrique Chaves, Maria Clara e Gustavo Teixeira (que trouxeram a família toda, até o Haru para passear enquanto jogavam a Rota da Caieira!). Fábio Moreira também passou pela Kombi Raider para jogar a rota!

Durante todo o período em que o parque esteve aberto, a equipe esteve a postos para ajudar os visitantes a instalar o jogo e encontrar a rota da Caieira para iniciar a caça ao tesouro!

Foto: Instituto Caranguejo – Chicolam apresentando o Route Raiders para os novos jogadores.
Foto: Instituto Caranguejo – Chicolam conversa com visitantes do parque.

A equipe teve até a presença ilustre do ‘Caramelo Caieira’, infelizmente mais um cachorro abandonado próximo ao parque e que adotou o lugar e fica sempre ao lado do guarda de segurança e dos outros funcionários também! Neste dia esse catiôro (forma carinhosa que chamamos esses nossos companheiros) lindo e muito carinhoso nos adotou, ficando por várias horas ao nosso lado na Kombi Raider!

Caramelo Caieira – Nome carinhoso dado pela equipe Raiders em três momentos.

A Rota da Caieira foi implementada com o apoio da Lei Aldir Blanc Joinville de 2021 e tem a parceria do Parque Natural Municipal da Caieira, por meio da SAMA (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente). 

Seu objetivo é incentivar a contemplação do espaço do Parque Natural Municipal da Caieira, por meio de uma ação cultural associada à trilha ecológica. Além de promover interação virtual entre a “Rota da Caieira” e os personagens para guiar os  jogadores/visitantes em uma experiência gamificada com ênfase em aspectos culturais, históricos e ambientais do parque.

O Route Raiders visa também contribuir com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável – ODS 11, Cidades e comunidades sustentáveis – Tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis.

Vinculado à meta 11.4 – Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo, o Route Raiders é um jogo de caça ao tesouro virtual no mundo real com uso do GPS do celular para promover a experiência dos jogadores em ambientes e seus valores culturais e históricos, por meio da Educação Ambiental. A interação ocorre por meio da utilização de pontos específicos localizados na rota, chamados de checkpoints, que podem utilizar como suporte a tecnologia de QR Code. 

Para jogar esta rota e todas as disponíveis no Route Raiders, basta baixar o aplicativo na loja do Android ou na loja da Apple. Se aventure e descubra novas jornadas!

Mas… e o X do tesouro? Ahhh, essa informação você vai encontrar baixando o jogo que está disponível na Google Play e na App Store! Baixe agora e comece a sua aventura nas cidades disponíveis! Fique atento para as novas rotas! Siga as nossas redes sociais, instagram e youtube e venha ser um Raider também!

Route Raiders – Um jogo de caça ao tesouro virtual no mundo real no seu celular!

www.routeraiders.com.br

Águas de Março

Olá! Hoje vamos trazer algumas informações sobre o Dia Mundial da Água. Consideraremos o tema de 2022, outros significados e aspectos simbólicos e espirituais e ambientais.

Hoje vamos trazer algumas informações sobre o Dia Mundial da Água. Consideraremos o tema de 2022, outros significados e aspectos simbólicos e espirituais e ambientais.

22 de março é o Dia Mundial da Água. A data é celebrada desde 1993 por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o Portal World Water Day da Unesco, anualmente o Programa Mundial de Avaliação da Água divulga relatório dedicado ao manejo sustentável das fontes de água limpa para apoiar processos decisórios. Em 2022, o tema é “Águas Subterrâneas: tornando o invisível visível” e ganha relevância em um contexto de mudanças climáticas, desafios relacionados à alimentação e água limpa1. Rodrigo Lilla Manzione no livro Águas subterrâneas2, explica que o termo é referente à água armazenada no subsolo e que é essencial para manter a umidade do solo, lagos, além de fluir para os rios.

Além das águas subterrâneas há outras questões relacionadas que merecem ser lembradas. Ela está presente nos continentes, nos oceanos, nos estuários das áreas costeiras, nas nuvens, na chuva, na neve, nas geleiras e dá origem ao arco-íris. A origem da vida, também é um dos eventos relacionados à água; é dela que a maior parte da superfície do planeta é coberta; é ela que constitui boa parte de nossos corpos, está presente em nossos tecidos corporais, em nossas veias e outros órgãos. Em uma das passagens mais lindas de “O mar que nos cerca” a ambientalista Rachel Carson  escreve:

Ao abandonarem a água, os animais que assumiram a vida terrestre levaram consigo um pouco do mar, um legado que passaram para seus descendentes e que até hoje liga cada animal na terra à sua origem no antigo oceano. Peixes, anfíbios, aves e mamíferos com sangue quente  –  cada um de nós transporta nas veias um fluido salgado, no qual os elementos sódio, potássio e cálcio estão em proporções quase iguais às da água do mar. Essa é a nossa herança desde o dia, muitos milhões de anos atrás, em que um ancestral remoto, tendo progredido do estágio unicelular para o pluricelular, desenvolveu pela primeira vez um sistema circulatório no qual o fluido era simplesmente a água do mar. […] Como a vida começou no mar, assim cada um de nós inicia sua vida individualmente num oceano em miniatura, dentro do ventre materno; nos estágios do nosso desenvolvimento embriológico reproduzimos pelos quais a nossa linhagem evolui, desde os habitantes do mundo aquático dotado de guelras até as criaturas capazes de viver na terra3.

Além de estar associada à vida, está relacionada à fertilidade da Terra e a formação dos primeiros núcleos sociais. Está presente em rituais e possui significados espirituais e sagrados em várias religiões e culturas. Para muitos povos africanos “Deus” significa “aquele que faz chover” ou “aquele que traz água”. Na Índia rios são sagrados; para povos da floresta amazônica Deus é o “espírito das águas”4. Na concepção dos povos andinos originários a água “provém de Wirakocha, fecunda a Pachamama (Mãe Terra) e permite a reprodução da vida. É, portanto, um ser sagrado que está presente nos lagos, nas lagoas, no mar, nos rios e em todas as fontes de água”5.  O primeiro parágrafo do primeiro livro do antigo testamento (um dos pilares da cosmovisão judaico-cristã) narra: “No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as trevas cobriam o abismo e o espírito de Deus pairava sobre as águas.”6 Todas estas passagens revelam que a água ocupa um espaço central no espaço simbólico de nossas culturas que deve ser recuperado para que nossas atividades sociais, familiares, educacionais, econômicas e produtivas reverenciem e situem a água não como recurso da natureza a ser explorado, mas com bem sagrado que é fonte de vida, e como tal, deve ser preservado.

1. UNESCO. World Water Day. Disponível em https://en.unesco.org/commemorations/waterday. Acesso: 20 mar. 2022.

2. MANZIONE, Rodrigo Lilla. Águas Subterrâneas: Conceitos e Aplicações sob uma Visão Multidisciplinar.  Jundiaí ; Paco Editorial. 2015.

3. CARSON, Rachel. O mar que nos cerca.  São Paulo: Editora Gaia. 2013. P. 471.

4. AZEVEDO soares de souza, y. MACHADO josé de oliveira. Os descaminhos das águas: do sagrado ao mercado. In: Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 38, n. 3, p. 551–568, 2018. DOI: 10.5216/bgg.v383.56351. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/bgg/article/view/56351. Acesso em: 20 mar. 2022. PP. 553-554.

5. DE PAULA JUNIOR. “Nós Somos Água”: Cosmovisões e Perspectivas Políticas sobre a Água a Partir do Diálogo com Atores Institucionais e da Sociedade Civil.  Dissertação de Mestrado em  Pós- Graduação em Direitos Humanos e Cidadania : Universidade de Brasília. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/41080/3/2021_FranklindePaulaJunior.pdf.  Acesso em: 20 mar. 2022.  P. 199

6. CASTRO, João José Pedreira. Bíblia Sagrada. Editora Ave Maria. 1985. P. 49.

Marli Teresinha Everling

• Professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Design da Universidade da Região de Joinville/Univille.
• Coordenadora do Projeto Ethos – Design e relações de uso em contexto de crise ecológica.
• Colaboradora do Instituto Caranguejo de Educação Ambiental.

Florestas, sustentabilidade e outros significados

O dia internacional das florestas acontece no dia 21 de março. Na data refletimos  sobre o tema de 2022 e outros significados associados às florestas como a manutenção da vida e a espiritualidade.

O Dia internacional das Florestas acontece no dia 21 de março.
Na data refletimos sobre o tema de 2022 e outros significados associados às florestas como a manutenção da vida e a espiritualidade.

*Texto original cedido por SSpS https://blog.ssps.org.br/florestas-sustentabilidade-e-outros-significados

Para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas as origens passam por Nebrasca nos Estados Unidos que, em 1872, dedicou um dia para a plantação de árvores. O evento foi inspiração para  “a festa da árvore” em outros países. Na década de 1970 a festa deu lugar ao  “dia da árvore” que logo foi alterada para  “o dia mundial da floresta”, no intuito de sensibilizar para a preservação de condições de vida na Terra tendo em vista as gerações futuras. Em 2013 foi instituído  “o dia internacional das florestas” pela Organização das Nações Unidas (ONU); trata-se de um esforço alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Para 2022, o tema de reflexão é “Florestas: consumo e produção sustentáveis”. A relevância da data é ampliada pelas crises,  humanitária, ecológica, climática, sanitária, dentre outras, que ocorrem  em escala global e colocam em questão nossa inabilidade de habitar o planeta sem explorá-lo. O modo como afetamos as florestas é derivado da produção em larga escala, cuja insustentabilidade é ampliada quando consumimos de maneira irresponsável e inconsciente. Outro problema está relacionado às formas de produção  que suprimem a vegetação em nome da eficiência dos processos tecnológicos. Além disso, ao submeter a natureza aos desejos e necessidades da humanidade, também afetamos as florestas e a Terra; especialmente, quando extraímos matéria-prima para a construção de habitações, de dispositivos para mobilidade física e digital, de baterias e energia para os equipamentos eletrônicos, entre tantos outros produtos que poderíamos citar.

Falamos até aqui, das condutas que afetam as florestas. Não abordamos ainda a sua importância para sustentar a vida do planeta. A teia que entrelaça as florestas com a vida alcança o mar, o ar e a Terra: desde as raízes no subsolo, passando pelas copas das árvores que abrigam a vida de várias espécies, até a camada de folhas que formam a serapilheira contribuindo com a fertilização do solo. Peter Wohlleben, Engenheiro Florestal e Ecologista, discute estas questões com brilhantismo em “A vida secreta das árvores”. A escritora e ambientalista Rachel Carson em sua robusta obra  que inclui “Sob o mar-vento”, “O mar que nos cerca” e “Primavera silenciosa” aborda, com muita sensibilidade e coragem, a conexão entre todas as formas de vida.

As florestas, com a fotossíntese e a umidade, contribuem para que a atmosfera ofereça condições de vida e que rios aéreos flutuem, de um ponto para o outro, distribuindo chuva e fertilidade. Também são elas  que, como uma fortaleza, permitem a vitalidade dos rios. 

Mais do que isso, elas são fonte de cura, de espiritualidade e sabedoria. As flores, os frutos e os extratos da floresta alimentam e curam o corpo. O espírito também se beneficia com a temperatura, as formas de luz e sombra desenhadas pelo sol, assim como a chuva suavizada pela vegetação; o som da brisa e do vento, dos pássaros, dos riachos e de nossos passos sobre as folhas constituem experiências sensoriais que afetam a nossa alma e permitem entrar em contato conosco e com o meio para estabelecer conexão com o divino que habita em nós. Por estes significados, e pela vida que nelas toma forma, as florestas merecem a nossa reverência, atenção e cuidado.

Referências

INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS. Disponível em: https://www.icnf.pt/ . Acesso em: 17 mar. 2022.

WOHLLLEBEN, Peter. A vida secreta das árvores – O que sentem e como se comunicam. Rio de Janeiro : Sextante. 2017 [versão kindle].

CARSON, Rachel. Sob o mar-vento. São Paulo: Editora Gaia. 2013.

CARSON, Rachel. O mar que nos cerca.  São Paulo: Editora Gaia. 2013.

CARSON, Rachel. Primavera silenciosa.  São Paulo : Editora Gaia. 2013.

Marli Teresinha Everling

• Professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Design da Universidade da Região de Joinville/Univille.
• Coordenadora do Projeto Ethos – Design e relações de uso em contexto de crise ecológica.
• Colaboradora do Instituto Caranguejo de Educação Ambiental.

Turma do Mangue em: A viagem de Uçá

 

 

A viagem de Uçá - Parte 2

 

A viagem de Uçá - Parte 3

 

A viagem de Uçá - Parte 4

 

 

A viagem de Uçá - Parte 5

 

 

A viagem de Uçá - Parte 6

 

 

A viagem de Uçá - Parte 7

 

 

A viagem de Uçá - Parte 8

 

A viagem de Uçá - Parte 9

 

 

A viagem de Uçá - Parte 10

 

 

A viagem de Uçá - Parte 11

 

 

A viagem de Uçá - Parte 12

 

A viagem de Uçá - Parte 13

 

 

A viagem de Uçá - Parte 14

Uçá está construindo um submarino!

Caranga, no início não entende muito bem, mas logo se rende a essa viagem cheia de aventura e descobertas junto com a turma! E como consequência, a turma encontra situações inusitadas no meio dos oceanos, que nos remete a uma reflexão um pouco mais profunda sobre os resíduos que descartamos.

 

As tirinhas da Turma do Mangue estão disponíveis para o licenciamento para materiais e livros didáticos. Para mais informações entre em contato conosco via e-mail em: instituto@caranguejo.org.br.

A Turma do Mangue também está presente no Instagram, com tirinhas inéditas, postadas diariamente.
Acesse agora e comece a seguir as aventuras da Turma!  https://www.instagram.com/turmadomangue/